Preciso de me libertar deste sentimento.
Como se tivesse bebido veneno, sinto o ar preso nos pulmões, a substância fluir nas minhas veias, apodrecendo todo o meu corpo.
Que sentimento de injustiça! Que me rasga a garganta, para que fique sem voz.
Liberta-me! Tu, ele, o outro ou a outra, alguém!
Não quero mais sentir isto, não quero pensar assim, não quero nem pensar!
Palavras sem sentido, encham este espaço para que eu não fale seriamente, para que não diga o que está preso.
Onde andas tu, salvadora? Nesta hora de desespero, peço-te perdão e peço que voltes para mim. Que me pegues ao colo e me tires desta ilha na qual estou presa, antes que a loucura me prenda aqui para sempre.
Para que volte a respirar, a falar, a sentir... A olhar com outros olhos.
Ainda assim, contenho. Este sentimento... Eu não devo, eu não posso!
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