quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Invisible

Caminho na cidade, à noite, abrigada pelo guarda-chuva.
Como companhia trago, claro, o mp3, para me isolar, me fechar no meu mundo. Música clássica, sempre foi a minha favorita.
A noite está fria, o guarda-chuva pouco protege e o vento faz com que a água na minha cara fique gelada.
É uma rua grande, larga, com uma estrada no meio e um passeio de cada lado. As pessas movem-se à minha volta, os carros passam a grande velocidade ao meu lado.
E eu apercebo-me que estou sozinha.
Não só nesta rua, nesta cidade, mas também no mundo. Sozinha.
E dói. Quero gritar e a voz não se ouve.
As pessoas não me vêem, nem sequer olham para mim.
A calçada não sente o peso do meu corpo, o meu cheiro desvanece-se no vento e niguém terá na memória a minha presença.
Estarei viva para eles?

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