
Encontrei-o na paragem de autocarro
As saudades que eu tinha dele...
Acenei e convidei-o a entrar no meu carro.
Guiei-nos para longe, para um cafézinho agradável.
Sentámo-nos e conversámos as aventuras, desventuras, o disse que não disse e o fez que ainda fez menos
Ele e o seu pequeno mundo
Tão concentrado dele, naquele núcleo tão limitado.
Fiquei absorvida nas suas palavras, histórias que o envolviam a ele e meia dúzia de personalidades opacas.
Saí do café claustrofobicamente abafado e respirei fundo. Olhei em volta para o meu mundo, senti o oxigénio rodear-me, inalei-o e fechei os olhos. Abri-os para reparar nas árvores e pessoas à minha volta, nos carros a passarem, transportando histórias de vida. Reparei que o Sol estava "a pôr-se" para mim e a nascer nesse preciso momento noutro país, num outro continente, devido à rotação da Terra. Apanhei os últimos raios de sol, expondo as minhas células às radiações possivelmente degenerativas da minha pele mas, acima de tudo, para ter a oportunidade de absorver vitamina D no meu organismo.
Talvez fosse psicológico mas instantaneamente senti-me melhor. As emoções, fruto dum órgão tão complexo...
O mundo é grande (físicamente e não só), somos apenas nós que o limitamos.
Tudo depende da perspectiva, não?
I want a tomato
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