Olhando para trás, vejo demasiada informação.
Vejo inocência, vejo alegria, tristeza… Tantas emoções. Tantos altos e baixos, uma verdadeira montanha russa.
O medo da descida, a ansiedade da subida. O triunfo quando estamos no pico, a sensação de calma, para a seguir abruptamente e sem aviso, irmos ao fundo.
Eu já fui feliz, seja lá o que for essa tal “felicidade”.
E acredito que voltarei a ser, agora posso dizer que estou na fase da subida, no início. O carrinho move-se muito lentamente, mas está a subir.
No entanto não consigo ficar impune aos pontos baixos, já não sou a mesma. Seria estranho que fosse, na verdade. Toda a gente muda, não é?
Há feridas que são mais fáceis de sarar que outras, há mesmo aquelas que deixarão sempre uma cicatriz. E eu tenho-as, as cicatrizes. Por vezes a ferida volta a abrir, noutros casos, a cicatriz pode mesmo vir a desaparecer, sem deixar marcas.
Estranho, isto da nossa vida e do nosso corpo.
Às vezes sinto que a compreendo, outras vezes parece me que esta não é a minha vida. Eu não a vivo. Estou lá em cima, a sonhar e a pensar, a olhar para a boneca que se passeia cá em baixo, sofrendo sem culpa. Sem saber o que a faz sofrer.
Mas há luz ao fundo do túnel, há sempre. E eu vejo-a, só preciso duns empurrões para lá chegar.
E depois, o que verei?
Uma coisa é certa: os próximos não serão iguais aos que passaram. :)
As cicatrizes também são provas de que estamos vivos. Porque se não as tivéssemos, era sinal que estamos a passar por esta vida sem arriscar. Só espero que nenhuma dessas cicatrizes te faça perderes grandes oportunidades na tua vida. ;) *
ResponderExcluir